quinta-feira, julho 06, 2006

USA: A Construção de um Mito (8mm)

Globalização

quarta-feira, junho 28, 2006

O Anti-herói americano

quinta-feira, junho 01, 2006

Publicidade VII: Divertimento e ironia

Publicidade VII: Publicidade e Solidariedade

Publicidade VI: Publicidade e Feminismo

Publicidade V: Educar com Publicidade

Publicidade IV: O sexo vende...

Publicidade III: A sexualidade na publicidade

Publicidade II: A paternidade

Publicidade I: A educação e os Valores

quinta-feira, maio 25, 2006

O castelo de K.


"Era já noite quando K. chegou. A aldeia jazia afundada na neve. Do monte do Castelo, nada; só bruma e escuridão a toda a volta; nenhuma luzinha, nem a mais débil, deixava adivinhar o grande Castelo. K. deteve-se na ponte de madeira que, da estrada, ia dar à aldeia. e longo tempo ali ficou, olhos erguidos para o vazio aparente.

Depois foi em busca de pousada; na estalagem ainda estavam a pé; o estalajeiro não tinha, é certo, nenhum quarto para alugar; contudo, extremamente surpreendido e embaraçado pelo hóspede tardio, queria deixá-lo dormir na sala, sobre uma enxerga de palha. K. estava de acordo. Alguns aldeões entretinham-se ainda a beber cerveja, mas K. não queria conversar com ninguém, ele mesmo foi buscar a enxerga ao sótão e deitou-se perto do fogão. Ali era quente, os aldeões estavam calados, ele examinou-os ainda um pouco por entre os olhos cansados, depois adormeceu.

Mas passados momentos já o acordavam. Junto dele, com o estalajeiro ao lado, estava um jovem, urbanamente vestido, cara de actor, olhos estreitos, sobrancelhas cerradas. Também os aldeões ainda lá estavam, alguns tinham rodado as cadeiras para melhor poderem ver e ouvir. O jovem pediu muito delicadamente desculpa de o ter acordado, apresentou-se como filho do castelão e disse: - Esta aldeia pertence ao Castelo: quem aqui vive ou pernoita, vive ou pernoita por assim dizer no Castelo. Ora a ninguém isto é permitido sem autorização condal. O senhor, porém, não está de posse de uma tal autorização ou, pelo menos, não a mostrou."

Excerto de O Castelo (Franz Kafka)

quarta-feira, maio 24, 2006

À espera do Comboio na paragem de autocarro.



Deslocamento de rotina.
Ana Margarida de Carvalho, Revista Visão.

Homem Light: Perfil Psicológico


Permissivo, consumista, sem projecto definido para a vida, relativista e hedonista o homem actual surge no livro de Enrique Rojas como produto de uma sociedade sedenta do aparente e aborrecida por tudo o que seja compromisso, procura ou responsabilidade.
Cheios de nós mesmos, o homem light é um indivíduo desprovido de essência, despido dos valores que traçam as condutas e suportam o carácter, integridade e humanismo.



Proposta de leitura: O Homem Light.

Índice:

I - O Homem Light*

Perfil psicológico*
O ideal apático*


II - Hedonismo e Permissividade*

O fim de uma Civilização*
Revolução sem finalidade e sem projecto*

III - Quem é o Homem?*

O homem, um ser em busca de liberdade*
Para que serve a liberdade?*
Verdade e Liberdade*
O homem: Animal descontente*

IV. O caminho do nihilismo*

Sobre a palavra "liberdade"*
Que significa permissividade?*
Relativismo e cepticismo*

V. A sociedade divertida*

A moda como eixo de conduta*
A enfermidade da abundância*

VI. Sexualidade "light"*

Definição do amor humano*
A relação sexual sem amor*
As três caras do acto sexual*
As cadeias e escravidões do mundo livre*

VII. O síndroma do comando à distância "zapping"*

A televisão como alimento intelectual*
Psicologia do zapping*
Cultura do aborrecimento*
Relativismo visual*

VIII. A vida "ligth"*

A palavra "light*
Indiferença por saturação*
Uma sociedade de costas viradas à morte?
A sociedade indiferente*
Literatura "light"*
Um novo ideal: a comodidade*

IX. Revistas sentimentais*

Interessa a vida alheia fragmentada*
Revistas sentimentais: evasão e passar o tempo*
Romantismo "light"*

X: O cansaço da vida

O cansaço psicológico, fenómeno do tempo
A unidade interna da vida

XI. A ansiedade do homem de hoje*

Luzes e sombras da sociedade pós-moderna*
Consumismo, permissividade, vazio*

XII. Psicologia do fracasso

Que se sente no fracasso?
À patria do homem são as suas ilusões
Maturidade e fracasso

XIII. Psicologia da droga*

(...)

* capítulos proposta para leitura.

segunda-feira, maio 22, 2006

Requiem for a Dream....


Ver trailer do filme

O filme A vida não é um sonho - Requiem for a Dream -, é um título incontornável da filmografia de Aronofski - Realizador -, debruça-se sobre a sociedade actual e denúncia uma ligthização dos valores. Não é mais um filme sobre drogas, é um hino aos vazios que surgem em nós e ao conjunto evasões possíveis, quase sempre fictícias. No mundo do ter, da aparência, do divertido, da irresponsabilidade e consumismo, onde nos isolamos em ilhas, a droga, a diversão, o alcool e a necessidade de ser aceite e pertencer a algo que seja plural, e não se limite a nós e ao nosso estado de ilhéu, surge como um lugar utópico ao qual se deve chegar a qualquer custo. A droga, as dietas, o consumismo surgem-nos como as jangadas que nos fazem sair do isolamento da ilha e avistar ao longe - ainda que muito ao longe - o horizonte de uma normalidade que nem sabemos bem definir.
Requiem for a Dream é o testemunho da solidão, do abandono, dos sonhos destruídos, da exclusão e da perda dos vínculos.

2. Conteúdos Programáticos: Tema 1: Nós e os Outros.

  1. Sociedade e Controlo Social:

a) A Sociedade: Caracterização. Valores como suportes do Social.

b) A Liberdade e a Sociedade: Ser livre na Sociedade do dever ser. Espectativas e Controlo Social.

c) A Sociedade da Informação: Manipulação da opinião pública. O relativismo e a indiferença.

d) O Homem Ligth: Perfil Psicológico.

e) A ligthização do mundo. Sociedade de Consumo. Hedonismo e materialismo.

1.1. Derrubar o Muro...


O filme The Wall dos Pink Floyd, pois a história de Pink - a personagem principal - parece-me ser o calendoscopio perfeito. O filme The Wall é a história de um rapaz, Pink, que perde o pai na II Guerra Mundial, a mãe, tremendamente possessiva impede-o de se formar como pessoa, na plenitude do que poderia ter sido. O excerto seleccionado e que poderão observar no ponto 1. deste blog, testemunha o percurso escolar de Pink, que numa aula ousa criar um texto - poesia -, deixando para segundo plano a repetição mecânica da matéria que todos os seus colegas se dedicam com submissão. O professor humilha-o por esta ousadia, sublinha a diferença - neste caso genialidade - ridicularizando-a.
Pink acaba por contruir um muro à sua volta, feito destas experiências - Another Brick in the Wall - e que termina por conduzi-lo ao "dever ser", que no seu caso o faz mergulhar no isolamento, na construção de um muro de aparência. Another Brick in the Wall - outro tijolo no muro - permite-nos pensar e debater sobre o ser e o dever ser.

1. Quebrar o gelo e as convenções.